PATRIMÔNIO CULTURAL: PRESERVAÇÃO,
RESPONSABILIDADE DE TODOS.
Adelina1
Aparecido
Débora
Eluana
Ghardenia
Madson
Saul
Resumo
O presente artigo visa aqui ressaltar “A Festa da Padroeira de Tobias Barreto: Nossa Senhora Imperatriz dos Campos”. Esse movimento religioso pesquisado contribuirá para a ampliação da historiografia religiosa sergipana e do conhecimento sobre o catolicismo popular em Tobias Barreto. O caminho percorrido por pesquisa bibliográfica busca traçar alem da festa da padroeira, as características do Município e da Freguesia. A no entanto a tentativa de desvendar o mistério do desaparecimento da imagem de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos, onde devido a esse desaparecimento é construída no local onde foi encontrada a imagem uma capelinha, após ter derrubado a mata. Com o passar do tempo começa a ser realizada a Festa de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos, em que é realizado todo ano no dia 15 de agosto, antes da festa da padroeira, é realizada dez noites de novena onde a ultima é o dia festivo, onde pela manhã é realizada uma missa, e a tarde é o encerramento com a procissão onde a imagem de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos, é conduzida pelas principais ruas da cidade, contando com presença de uma grande multidão.
Abstrat
This article aims to highlight here "The Feast of the Patroness of Tobias Barreto: OurLady Empress of the Fields. " This religious movement researched contribute to theexpansion of religious historiography Sergipe and knowledge of popular Catholicismin Tobias Barreto. The path of literature search to trace beyond the party's patron, thecharacteristics of the City and Town. The yet to attempt to unravel the mystery of the disappearance of the image of Our Lady Empress of Campos, where due to thisdisappearance is built where the image was found a chapel, having overthrown the woods. With the passage of time begins to be held on the Feast of Our Lady Empressdos Campos, which is held every year on August 15 before the feast of the patron, isperformed ten nights where the novena is the last feast day, where is held the morningMass, and the afternoon is winding down with a procession where the statue of OurLady Empress of the Fields, is driven by the main streets of the city, with the presenceof a large crowd.
1.0-Graduandos no curso de História pela Universidade Tiradentes.
1.0-LOCALIZAÇÃO GEOGRAFICA
A cidade de Tobias Barreto com uma distancia aproximadamente da capital sergipana Aracaju, 127 km. Situada na região sudoeste do município, à margem esquerda do Rio Real. Com 180 metros acima do nível do mar, suas coordenadas geográficas de 11° 11’20” de latitude1 sul e 38° 00’38” de longitude WGR.
Sua temperatura um pouco quente, os meses mais chuvosos que vai de março a agosto, sendo que em agosto é época mais fria que existi no município, e a precipitação pluviométrica atinge no período de 1.900mm.
Possui uma área de 1033km² e sua população corresponde a 49.261 habitantes, conforme o censo de 2009. Conta com um total de 36.088 eleitores e é o sétimo município do Estado em quantidade de votantes, conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral2.
O município limita-se com Poço Verde, Simão Dias, Riachão do Dantas, Itabaianinha e Tomar do Geru, pelo lado de Sergipe, e faz fronteira com o estado da Bahia, servindo como linha divisória com o Rio Real. Por ser uma fronteira a economia do município tem grande influencia para o estado da Bahia.
2.0-ORIGEM DE TOBIAS BARRETO
Tobias Barreto teve origem a partir de uma aparição de uma imagem de Nossa Senhora, no local onde a imagem apareceu foi construída uma capela pelos camponeses, padres jesuítas e com índios que habitava na região na época. Com casas existentes em volta da capela foi batizada a aldeia de “Paraíso”.
Com o passar do tempo, a pequena aldeia vira uma capitania, com a chegada de Cristóvão de Barros, o Belchior Dias Moréia3 veio fazer morada aqui no “Paraíso” e ao pé as Serra do Canine, isso por volta de 1959.
Segundo Aderbal Correia no seu livro “Tobias Barreto, Terra e Gente”, “morou às margens do Rio Real, onde está edificada a vila de Campos, cuja capela foi por ele edificada”. Como Melchior ou Belchior Dias Moreira viveu muito tempo por este povoamento de Campos, que ia dos limites de Lagarto, nos Campos do Crioulo, Samba Velha, Macota, Samba Nova e Campos Gerais ate na Capitania da Bahia.
Nomes foram surgindo no pequeno povoamento desde “Povoação dos Campos de Itanhi dos Índios”, “Paraíso”, “Capela de Nossa Senhora dos Campos de Rio Real do Sertão de Cima”, ”Fazenda Nossa Senhora dos Campos”, “Passagem da Igreja de Nossa Senhora do Sertão dos Campos do Rio Real de Cima”, “Freguesia de Nossa Senhora dos Campos do Rio Real de Cima”, “Freguesia de Nossa senhora dos Campos do Sertão do Rio Real”, “Freguesia de Nossa Senhora dos Campos”, “Campos do Rio Real”, “Passagem da Igreja”, “Os Campos”, “Povoação de Campos do Rio Real”, “Vila de Campos”, “Campos”, “Cidade de Campos do Rio Real”, em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei Estadual n°377, Campos recebeu a designação de Tobias Barreto.
Campos eram habitados por pastores e agricultores com sua população de 1350 habitantes, sua extensão era de 20 léguas4. No século XVIII, Campos eram a maior centro de exportação de couro da Capitania de Sergipe. Em 1808 a freguesia tinha uma população com media de 2618 habitantes, sendo 1000 brancos, 500 pretos e os demais mestiços. A economia do pequeno povoado era de criação de gado. Segunda a Enciclopédia dos Municípios citando no livro de Aderbal Correia5 “O movimento do comercio de gado na feira já era de 2000 cabeças de animais sendo baixo o rendimento da agricultura”.
3.0 – PAROQUIA NOSSA SENHORA IMPERATRIZ DOS CAMPOS
No fim do século XVI, apareceu uma imagem de Nossa Senhora, segundo o autor Elias Felipe Neto em seu livro “Tobias Barreto, minha terra”: “A imagem de Nossa Senhora, que apareceu no povoado, era mais ou menos representada iconograficamente assim: tinha uma altura de aproximadamente 40 a 50 centrímentos; era toda branca, sem pintura alguma, isso nela toda; não possuía coroa nem esplendor, tanto na imagem da santa, como no menino que a imagem possuía; em um dos braços, segurava o menino Jesus e, o outro, um cetro; a imagem em si não tinha nem um arabesco em toda sua roupa. Era esculpida em madeira cetro e, aos pés, havia alguns anjos saindo de nuvens”.
Como é conhecido o pequeno povoado Paraíso, foi encontrada uma imagem que já foi citada acima. Com isso foi construída uma capelinha, e ao redor uma vila com poucos moradores.
Segundo nos comenta Aderbal C. Barbosa: “para surpresa dos moradores da recém criada povoação, houve o desaparecimento da imagem, achada numa grande mata, onde está a Igreja Matriz. Os habitantes do povoado Paraíso conduziram-se de volta à capela, tendo ela desaparecido novamente, e, mais tarde, encontrada no mesmo local de onde a tinham levado. Nesse lugar após derrubarem a mata, erigiam uma capelinha”.
A imagem desaparece duas vezes, a ultima vez foi encontrada em um matagal que foi destruído e construíram outra capelinha, onde fica a atual Igreja Matriz, mas sua antiga capelinha que hoje ainda existi, pequena esta localizada na avenida principal do nosso município Avenida sete de junho, há celebração da missa e realizações de terço uma vez ao mês sempre na segunda-feira. Com poucas pessoas mais senhoras que convivem na igreja sempre.
“A imagem pequena de Nossa Senhora, que estava na nova capela, some, e não é encontrada mais em lugar nenhum. Isso se dá por entre os anos de 1640 a 1670. Não sabemos ao certo o que aconteceu com a pequena imagem. Só com o passar dos anos foi trazidas outra imagem para a povoação, através de Dom Sebastião Monteiro da Vide”. Segundo Elias Felipe em um pequeno resumo da Historia do Município.
Depois de muitas mudanças no povoado, que vira vila, com a criação da Freguesia, foi trazido pelo Dom Sebastião, em 18 de Dezembro de 1721 a Imagem de Nossa Senhora dos Campos, foi realizada uma grande festa para receber a Santa Imagem.
4.0 – HERANÇA E MATERIAL
A palavra patrimônio sempre esteve originalmente vinculada à idéia de monumento, e este, geralmente feito de pedra, durável e com ares eternidade, visava justamente a perpetuar ao imaginário. Isso forma em ternos de preservação patrimonial, devemos compreender a memória como uma experiência ao mesmo tempo intima e coletiva onde se entrecruzam o social, o histórico e o pessoal.
A preservação do patrimônio cultural e um ato básico de conservação de memórias. Uma noção sem memória e forma da por pessoa que desconhecer suas origens e que, portanto não saber para onde caminhar.
Assim sendo, a preservação patrimonial pode ser compreendida, tanto como um ato de resistência à ideologia capitalista, quando de descoberta da verdadeira identidade de um povo.
5.0- A FESTA DA PADROEIRA
A festa de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos a nossa padroeira seu dia festivo no dia 15 de Agosto.
Antes dos novenários existi uma Feira da Igreja conhecida como FERBOT, muitos anos atrás era realizado pela igreja e com barracas oferecidas pela a prefeitura, muitas pessoas ao sai da novena dirigia as barracas para bebe, conversar, dança e fazer compras, pessoas dos povoados ou ate mesmos da cidade fazia sua feira lá mesmo encontrava de tudo, sempre são doação de grandes proprietários de terras da nossa região. “Levanta-se, ao lado da igreja, grande barraca por conta da Prefeitura, para a venda de bebidas, queijos, doces e etc. Há também pistas para dança e um palanque destinado aos músicos do conjunto local, Cassino Royale, que ali permanecem até altas horas.” Segundo Aderbal Barbosa. Mas o Monsenhor de José modificou a FERBOT, como agora quem dirigia a feira seria a igreja com seus grupos existentes.
Antes da grande festa comemorativa da igreja, existi um preparo que seria as novenas. Dez noites igreja sempre cheia, palestrantes diferentes de toda parte do estado. Um dia antes da procissão é a missa dos filhos de fora, é a reunião das pessoas que mora fora de Tobias Barreto, pessoas que ate passa dez anos ou mais a vi aqui, neste dia depois da novena, existi uma confraternização no sábado à noite ou no domingo pela manha.
No dia 15 de Agosto amanha existi um missa, e tarde a grande procissão com tipo de pessoas, ate os políticos vem para garantir seus votos. A imagem todos os anos é decorada por modelos diferentes, por Marcelo Amasso, como é conhecido entre nós.
“A tarde, ás dezessete horas, tem inicio a procissão. A imagem de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos, ao som de músicas, cânticos, rezas, é conduzidas pelas ruas, acompanhada de grande multidão, irmandades, congregações, autoridades civis e militares, o Governador do Estado sempre presente.” Aderbal C.Barbosa.
6.0- CONSIDERAÇÕES FINAL
Adeliana cursando 6º período do curso de História pela Universidade Tiradentes- UNIT; Aparecido cursando 6º período do curso de História pela Universidade Tiradentes – UNIT com o e-mail: aparecidohistoriador@hotmail.com: Débora cursando 6º período do curso de Historia pela Universidade Tiradentes – UNIT; Eluana cursando 6 º período do curso de História pela Universidade Tiradentes – UNIT com o e-mail: historiadoraeluana@hotmail.com; Ghardenia cursando 6º período do curso de Historia pela Universidade Tiradentes – UNIT com o e-mail:ghardenia9001@hotmail.com: Madson cursando 6º período do curso de História pela Universidade Tiradentes – UNIT; Saul cursando 6º período do curso de História pela Universidade Tiradentes – UNIT.
7.0 – NOTAS FINAIS
1.0 - Latitude: coordenada geográfica, mede-se para o norte e para o sul do Equador.
2.0 – Tribunal Regional Eleitoral: esta situada na capital Aracaju, e jurisdição em todo estado de Sergipe.
3.0 – Belchior Dias Moréia: foram os dos primeiros moradores.
4.0 - Léguas: utilizado para medi o quilômetros percorrido.
5.0 – Aderbal C.Barbosa: um grande historiador do nosso município.
8.0 – REFERENCIAL
BARBOSA.Aderbal Correia. Tobias Barreto, Terra e Gente.
NETO.Elias Felipe.Tobias Barreto,minha Terra.
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